sábado, 9 de junho de 2007

poema 18/07/2005

Coração sangrando

Você me dá um doce, mas queima minha boca
As lembranças são envenenadas por uma doença louca
A maturidade é uma voz rouca

A entrada de seu palácio está escorregadia
Minha dor vira uma obra vadia
O perdão não pode ser uma atitude tão tardia

A solidão novamente pediu-me abrigo
A distância põe a sintonia em perigo
Seu desejo insano acabou comigo

O amor não é uma equação, não tem resposta
No romance a tolerância é a única proposta
A atitude é a eterna aposta

A paixão é uma semente que bem regada germina
A desilusão é uma revolução que domina
A dor abre espaço à carência que a dissemina

A verdade só aparece escrita em brasas
O sentimento viaja em finas asas
O tormento seca o carinho e sucumbe em covas rasas




Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock N´Roll
BH, 18/07/2005

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