Lixão da vaidade

Lixão da vaidade



A bela jovem procura um homem de plástico
O artista vende a mãe para aparecer no fantástico
Esquecem que o fim de alguém sem conteúdo é dramático

Você espera horas na fila do banco para liquidar sua alma
O filhinho mimado faz pega com o carro e você bate palma
Tu vês sua filha se prostituindo indiretamente e fica na calma

Seres fúteis são culpados por circos de hipocrisia
Sua idiotice cria uma quase infindável burguesia
O nosso futuro assim fica condenado a uma voraz azia

Finge caridade com a dor de alguém
Na verdade não se importa com ninguém
Nunca se preocupou com o pivete na febem

A fofoca é sua covarde proposta
Em uma discussão justa fica sem resposta
Chora no colo da mamãe quando sua podridão é exposta

Só segue o seu único e exclusivo partido
Doação não é algo por ti compartido
Amar nunca foi um objetivo em seu vital sentido




Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock N´Roll
BH, 05/08/2011
Blog: paixaogolerocknroll.blogspot.com

Feira de futilidades

Feira de futilidades


Não consegue fugir de um capitalismo imbecil
Muitas vezes para subir é vil
Não conhece a forma de viver sutil

É um escravo do consumismo
Desconhece quem seja o pai do comunismo
Está na beira de um interminável abismo

O egoísmo é rei em uma terra sem limite
O metal é o único e reconhecido palpite
A matéria é sacerdotisa da crença que persiste

O pobre morre ao relento
O rico fica confinado em tormento
O acúmulo de pecados e grana é parte do seu argumento

É somente um número pagante de impostos em uma ingrata sociedade
Foge de seu coração e de sua verdade
É um fantoche de um shopping de vaidade

Fugir da realidade é o seu falso caminho
O barão está endinheirado e sozinho
O respeito fica no passado ao lado do gesto de carinho

Estamos em um tempo onde o amor perdeu seu capital espaço
As pessoas se perderam no infiel traço
Os sentimentos estão falsamente brilhosos e mais duros que aço



Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock N´Roll
BH, 05/08/2011
Blog: paixaogolerocknroll.blogspot.com