segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Quase sem Querer...



Quase sem Querer


Somos tão jovens e burlamos a carteira de identidade
Amamos sem limites ou restrições dominantes
Fechamos os olhos e nos transportamos ao paraíso real

Acordamos sem medo e sem nexo só querendo amar
Não fingimos fazemos um novo túnel para o deleite final
Amadurecemos com rugas atrás dos sorrisos

Moramos em qualquer lugar com rosas perfumadas na janela
Sentimos a ousadia e a libertamos em atitudes de arte
Fazemos mágica em simples detalhes pouco usuais

Rimos da loucura e lhe concedemos asas douradas
Visualizamos presentes mais brilhantes diante de desafios ferrenhos
Realizamos milagres em sintonia com uma plena natureza

Viramos gênios em frases soltas em um vento transformador
Lutamos contra o medo em um porão com portas abertas
É cedo para desistirmos e tarde para chorarmos

Não temos culpa usufruímos do perdão com sabedoria e poder
Fazemos uma rotina de dor se revolucionar em singular
Ativamos uma ternura infindável que satisfaz uma voraz saudade


Marcelo G. dos Santos
Trovador De Los Xamãs
Belo Horizonte, MG, 04 de Fevereiro de 2014
Blog: paixaogolerocknroll.blogspot.com

Anos Saudosos...

Anos Saudosos


A paixão estava no ar junto com o grito de esperança
As letras continham ideais corajosos e revolucionários
A juventude tinha cultura e voz própria

Os poetas não se contentavam com migalhas aos pombos
A sedução era feita através de uma sutil ousadia
O amor celebrado em músicas de libertação com toques de ternura

Paraísos eram palpáveis não artificiais como frios beijos na web cam
Ídolos extasiavam com sua genialidade e mobilização benéfica
Simples pedidos juvenis eram guiados por flechas de Arcanjos
                                                         
O romance era eterno e não era isolado em páginas de procura
A rede era de amizades reais e perfumadas
Bruxos exerciam seus mistérios de formas ainda mais charmosas

O talento tinha moradas mais constantes e loucas
A madrugada era de lobos adeptos da de uma viciante Lua Cheia
A solidão era respeitada e superada não maquiada em telas de celular

Guitarras conduziam sonhos adolescentes a campos de rosas astrais
O exagero era ingênuo e apaixonante estava nas esquinas do tempo
Ser brasileiro era ser guerreiro e verdadeiramente conectado


Marcelo G. dos Santos
Trovador De Los Xamãs
Belo Horizonte, MG, 03 de Fevereiro de 2014
Blog: paixaogolerocknroll.blogspot.com