sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O tempo não dá trégua

O tempo não dá trégua


A batalha pode consagrar um canalha
A fumaça evacua a praça
O perdão é atemporal a solidão

O esquecimento é um falso livramento
O pecado é um antigo amigo do passado
A verdade se perde junto com a saudade

A poesia é uma eterna fantasia
A juventude é uma fugaz virtude
A lembrança refaz uma dança

O Az deixa o Rei para trás
O amanhã é uma já vendida manhã
O entardecer é um novo enlouquecer

Fingir é um tolo existir
O tempo passa e não volta com cachaça
A noite destaca o açoite

A lua transporta a emoção nua
Continuar é esquecer-se das horas e arriscar
A espera abre um rombo que vira cratera



Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock N´Roll
BH, 04/02/2009