quarta-feira, 27 de junho de 2007

poema 27/06/2007


Fogo


Anseio quente, delírio que fascina
Dualidade efervescente, prazer que assassina
Inquietação insistente, o perigo é sua sina

No trabalho é fundamental, mas rotina nos afasta
Deve-se buscar o informal, a ardência é nefasta
O tesão não é anormal, a emoção não é madrasta

O espírito clama, o furacão passa
O orgasmo acende a chama, a carne assa
Atinge-se o apogeu com quem ama, o calor ultrapassa

O universo dá asas à sintonia, os afins não batem na trave
Só a inovação gera harmonia, nada passa a ser entrave
È fundamental a companhia, viver sem medo é a chave

Quem foge das paixões vegeta, a covardia é societária
O romântico arquiteta, a atitude convencional é autoritária
O coração tem a marcação correta, a ardência é revolucionária






Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock N´Roll
BH, 27/06/2007