quinta-feira, 7 de junho de 2007

texto em homenagem a cazuza

O poeta é eterno


“A vida é bem mais perigosa que a morte, o baby suporte”. Como você já dizia para nós poeta, e hoje está ainda pior. Exagerado, nossos heróis morreram de overdose e cada vez mais nossos inimigos estão no poder e olha que já faz doze anos que você saiu deste puteiro. Nossa juventude atual não quer uma ideologia para viver, querem é ver a casa dos artistas e andar na “motinha” no baile funk. É meu companheiro ariano dos exageros, o que fazia parte do seu show está sendo deixado de lado mais e mais, vivemos em uma era onde uma piscina cheia de ratos passou a ser uma suave convivência.
Caro poeta lhe digo uma coisa, nem as mães estão felizes, essa vida louca vida deixou de ser uma viagem de uma baseado e passou a ser sempre mais uma droga ruim. O amor da vida está posto em segundo plano por grande parte das pessoas, por valores egoístas e pouco apaixonados. Logo você, o rei da apaixonite, imagina se você ainda estivesse neste mundo sem Bete Balanço?
Maior abandonado, todos os exagerados estão sofrendo pela falta de uma unidade, a burguesia continua fedendo, mas tem dinheiro para comprar perfume, fazer o quê? Você que sempre foi um medieval, que sempre acreditou no poder coração deve estar agoniado com esse país, com esse mundo que se apresenta. Mas também você sempre foi um otimista, mesmo nos momentos mais duros, você tinha uma palavra de bom humor, vamos acreditar. Guerreiros como tu aparecem de duzentos em duzentos anos, mas prometo fazer a minha parte não desistindo de todo amor que houver nessa vida, pois ele é o nosso grande guia. Às vezes ando tão down, mas lembro da sua coragem e resgato toda a minha esperança, o dia vai nascer feliz!!!
Caro porra louca, a hipocrisia está descarada. Como você mesmo já dizia: “Pra que escrever poesias e depois se limpar”. É, senhor piedade, dessa gente careta e covarde. Cazuza pára um pouco a festinha com o Renato, a Janis, o Jin e o Jimi e dá uma luz aqui pra gente, pois tem muito neguinho que não está nem na porta estacionando os carros.
É querido amigo infelizmente o tempo não pára, continuo sobrevivendo, mas já tenho alguns arranhões, minha metralhadora cheia de mágoas está engatilhada, mas prefiro atirar em alvos estudados com detalhes, não quero acertar ninguém que não mereça. Ariano sem bar, o Brasil mostra sua cara monstruosa a cada dia, você avisou e ninguém lutou. Fico por aqui, muita luz e paz para você, e muitos beijos de liquidificador, pois você não está morto!!! Mas responde uma coisinha antes, Por que a gente é assim?



Homenagem a Cazuza – 04/04/58
MARCELO G. DOS SANTOS
PAIXÃO, GOL & ROCK N’ROLL
05/04/2002

poema 15/01/2007

O espírito de amar


O sonho encontra a realidade
A busca é por uma eterna saudade
A marca não escolhe idade

O acaso deixou de ser bobagem
A crença por uma única viagem
Os erros nos dão bagagem

A ninfeta fascina
A mulher domina
O homem se contamina

O monstro da solidão perde terreno
O amor atinge o auge, sereno
O carinho é um ser supremo

A sensualidade é a pimenta
O gingado arrebenta
Adivinhar pensamentos se tenta

O fascínio não tem regra
O segredo é a coragem e a entrega
Depois de mordido o ser não sossega



Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock N´Roll
BH, 15/01/2007

poema 13/03/2007

Coragem


Inimiga da ansiedade
Seu sangue é a verdade
Só aparece aliada a vontade

Só há consagração na luta
A expiação é bruta
Não se busca realidade com puta

Um vencedor é eterno guerreiro
O caminho a se seguir não é anunciado em letreiro
O touro pode vencer o toureiro

Só concretiza quem acredita
A desilusão é a dor que reedita
O sofrimento é a ilusão que vomita

O desânimo é arma dos fracos
Temos que virar gatos e esquecer que fomos ratos
Fortalecer o carinho é fundamento dos sensatos

A chance só aparece se abrir a porta
A saudade é uma oportunidade torta
Amar é a covardia morta




Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock N´Roll
BH, 13/03/2007

texto sobre JK

Um Brasil sem J nem K


Ilustríssimo senhor Juscelino Kubitschek de Oliveira, sua fama está em alta novamente com mini-séries, documentários, reportagens falando de suas proezas como ser humano e homem público. Só que seus feitos contrastam com uma realidade nefasta em nosso país: corrupção, miséria, injustiças e falta de esperança.
Nesses 45 anos, após o seu governo, (1956-1961) tenho a impressão que a política invés de evoluir, regrediu. Olha a nossa constelação partidária sem brilho, dezenas de partidos e um só propósito: o poder. Poder este, de uso exclusivo de um grupo seleto de pessoas (os magnatas), trazendo melhorias somente para estes e, o restante, a maioria (o povo), que dane.
O senhor foi um estadista e visionário, enxergava todo o potencial brasileiro e agia para a realização das benfeitorias. Era um democrata de ação, um ser inquieto com o atraso e um apaixonado pelo progresso. Ao contrário, nos dias atuais, temos uma legião de políticos parasitas e demagogos que se instalam em luxuosos gabinetes, a ignorar uma realidade cinza do lado de fora.
Os políticos atuais só reclamam de problemas: falta de verbas, escassez de funcionários, que o café está fraco ou forte, que o terno é cinza e não azul, dentre outras desculpas e besteiras. Já você, (posso lhe chamar de você? Que tal nonô, pode ser?), Nonô, enfrentou golpe de estado dos militares (este não deu certo - em 1964 não teve escapatória), tentativa de impedir sua pose na presidência. Agüentou mineiramente, o Lacerda (grande mala) te enchendo o tempo todo, o cenário político rachado e a pobreza de recursos. Mas, mesmo assim, superou tudo e se valeu dos sobressaltos para um fortalecimento ainda maior. Você se intitulava um homem desprovido de medo por Deus. Os nossos atuais políticos podem se intitular seres desprovidos de talento e caráter.
O mar de corrupção inunda nosso país e não temos um comandante como você para arregaçar as mangas, limpar a sujeira e começar do zero novamente, como foi em Brasília.
O nosso atual presidente, Luís Inácio Lula da Silva, é um homem de bons propósitos, de boa fé. Mas, cercou-se de lobos sedentos por poder. Que no meio do caminho acabaram mostrando a verdadeira face: de cães vira-latas, que caem do caminhão de mudança e não sabem pra onde ir ou o que fazer.
A luta na atualidade é pelo individualismo, não existe união, nem ideal. Nosso povo cada vez mais se torna insensível com a dor a seu redor. Isso é reflexo de uma desigualdade social estimulada pela cúpula do poder, que está pouco aí para o cidadão brasileiro.
Juscelino veja nosso jornalismo: responsável formador de opinião, defensor da justiça e principalmente da verdade. Na realidade, não está fazendo sua parte. O senhor era atacado pelo jornalista Carlos Lacerda; conservador irritante e implacável, detentor de uma oratória perfeita. Mas, ele brigava por suas idéias. Hoje em dia, temos uma imprensa vendida que briga pelas idéias dos que lhe pagam mais. Na imprensa atual detectamos um oceano de vendidos e um rio corrente de água límpida, que nutre os corações corajosos, guerreiros pela mudança, na crença em virar mar.
J. nosso país está entregue ao capital estrangeiro, somos locatários em nossa própria terra e o aluguel sobe dia após dia. A globalização, o neoliberalismo, o capitalismo selvagem nos fez reféns do Tio Sam e de sua gangue de almofadinhas. Logo o nosso país, Nonô! No seu tempo você enfrentou corajosamente o FMI, lhe dando uma banana e investindo nosso dinheiro no progresso da nação. Atualmente, nosso governo abre as pernas, leva um chute no saco e ainda pede desculpas por ter gritado de dor.
O fator em maior desenvolvimento no país é a ignorância. A cada dia o povo fica mais burro e pobre; e, o magnata fica mais rico e descarado. JK temos que voltar à era da bossa nova e sepultar a jornada do funk (funk falso, mercadológico, funk de verdade é James Brown, sex machine), do batidão.
Os ignorantes colocam em nosso cenário nacional, representantes políticos que os compram com um saco de arroz e um copo de leite. A miséria é real e crescente, cada vez mais ela bate de porta em porta a procurar novas moradas. A desigualdade social, cultural e econômica é maior a todo instante, chegando a números preocupantes. Como mudar esse quadro, Juscelino? Sendo que, nossos governantes são hipócritas e aproveitadores. Só um milagre... Conversa com o patrão aí e manda uma ajuda para cá, bem rápido.
A promessa é quebrada como um galho de árvore rasa. Kubitschek, precisamos de um grande governante que cumpra suas promessas e suas metas, nos ilumine e nos livre dos Neves de São João, amém.
Minas Gerais está em segundo, terceiro plano nacional na ordem de grandeza política nos dias atuais. Os mineiros, principalmente o senhor, sempre tiveram por característica o domínio do leme da política brasileira, isto está fazendo falta para o Brasil.
A religião assumiu ainda mais o papel de militância política, mais que no seu tempo. Todos os dias aumentam o número de miseráveis e consequentemente de presas fáceis para os falsos profetas. Estes fazem lavagem cerebral nos desesperados e elegem seus milionários disseminadores de mentiras.
A poesia dos anos dourados deu espaço para a hipocrisia do tempo da latinha de alumínio. A valorização deu lugar a exploração, meu amigo JK. O descaso assola a sociedade, desiludindo e entorpecendo seu amado povo.
A população aumenta sem parar e nesse ritmo, em conseqüência, a falta de educação e de outros recursos essenciais. Falta esperança, Juscelino. O povo só tem a criatividade para sobreviver a dias cruéis e, ela não está mais adiantando sozinha, perante tanta dificuldade. Queria ter 10 % de seu carisma e simpatia, mais 10 % do seu poder de ação e coragem. Pegar tudo isso e poder melhorar a vida de um povo sofrido, mas, merecedor de uma realidade mais iluminada.
Venho informar a realidade e pedir ajuda ao senhor por meio desta. Acima de tudo, agradeço-lhe por todo serviço prestado ao povo brasileiro, principalmente mineiro e belo-horizontino.
Tomara que os políticos observem bem os programas sobre a vida do senhor. Não ignorem um talento político-humano fora do comum e absorvam o necessário para fazer cada cidadão sorrir com todos os dentes na boca.
Já ia me esquecendo: sobre sua morte, foi acidente ou não?(acidente? Na Via Dutra, São Paulo, 1976). Trinta anos de saudades!





Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock N´Roll
BH, 06 de Fevereiro de 2006.

texto 04/03/2007

Quase trinta, e daí?

O século XXI ainda está em seu começo, mas uma polêmica está lançada: A geração dos quase trinta de hoje é totalmente diferentes das anteriores? Vocês nasceram por volta de 77, 78, 79 e 80, sabe do que estou falando... É lógico que é... e uma grande revolução de conflitos, só vivemos estes causos conflitantes. O porém é o seguinte, quem tem essa faixa etária nos dias de hoje, não tem casa própria, raramente um emprego fixo, muitos com curso superior, pois foi a geração do boom do diploma.
Lembra da mamãe falando: “Filhinho você tem que estudar para se formar, aí você vai ter uma vida boa...” Isso é propaganda enganosa, vamos processar as mamães... HEHE... Não chega a tanto... deixa só essa passar, na próxima grade nelas.
Nossa geração ainda é a dos namoros duradouros, pelo menos um de três anos, quatro anos ou até de dez anos, igual um amigo meu. O problema ou a solução é que só podemos contar com o amor, pois não podemos oferecer carros importados, mansões e viagens paradisíacas. O namoro só vai durar se houver amor de verdade, interesseiras podem procurar caras de gerações anteriores, pois aqui não, só tem muita paixão.
Não estamos mais na época de nossos pais, quando estes com nossa atual idade já tinham uma vida estruturada, pagando a casa própria, emprego fixo, famílias constituídas e fortificadas. Não podemos nos dar esse luxo. Não adianta nossas queridas amadas nos cobrarem isto, pois é um fenômeno geral, não é isolado em Belo Horizonte.
Com a revolução feminina, estas ganharem espaço na sociedade, no mercado de trabalho, mas elas têm que sintonizar que com isso perdemos espaço, dando passagem para elas. Não reclamo disso, mas não temos mais a condição de chefiar uma família como tínhamos.
Vivemos de free lancer, de bico em bico tentando vingar, mas não está fácil. O recurso do momento para lavar a alma são os concursos públicos, mas estes estão saturados, de pessoas, principalmente de nossa geração, com o mesmo pensamento, ser totalmente independente!
Nós, queridos amigos, contemporâneos do Jaspion, Changeman, Bozo, Sérgio Malandro( goleiro malandrowisk) Copa União( o campeão é o flamengo, o sport é sacanagem da CBF, que pena que não foi o Galo do Telê), agora nos vemos em uma situação complicada de cobranças externas e principalmente internas, pois sempre pensamos em uma fase adulta como víamos os filmes da sessão da tarde, com carros enormes levando a família para a praia. Nem que seja sem a família, mas com a independência de escolher os caminhos, sem ser levado pela sociedade ou pelas faltas de oportunidades.
Não é nossa culpa, companheiros, de vez em quando nós acertamos uma boa, viajamos, ganhamos um bom dinheiro e moramos até sozinho, mas é provisório e, voltamos para casa de papai. Lógico que queremos nosso espaço, ir à casa da mamãe só filar a bóia de domingo, mas como sair sem uma perspectiva e depois correr o grande risco de voltar com o rabinho entre as pernas. Com a dignidade trincada e o coração dilacerado.
Por isso, conversais com suas mulheres: namoradas, mães, amantes, irmãs, sobrinhas, a tia do bar da esquina (onde sua conta nunca acaba, lembra?)... Não somos covardes, só estamos vivendo uma fase complicada para todos. Mas, vamos sair dessa antes dos trinta ou um pouquinho depois. Eu saio antes dos trinta se deus quiser e, por favor, queira! Porque a pressão está maior que em time de massa com uma seqüência de derrotas!




Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock N´Roll
BH, 04 de Março de 2007

Homenagem aos 99 anos do Clube Atlético Mineiro

Torço contra o vento


Ser atleticano é acreditar no impossível, é lutar contra tudo e contra todos. Ser galo é assumir a raça e a disposição do galináceo, esporando a injustiça e a hipocrisia. É ter fé sempre, mesmo que pareça perdido. Assumir o manto sagrado e fixar no mundo a camisa alvinegra, gritando a todos os cantos do planeta: Vencer, vencer, vencer... Esse é o nosso ideal... Finalizando:...Uma vez até morreeerrr!!!
Torcer pelo Clube Atlético Mineiro, 99 anos de história, completos em 25/03/2007, é um privilégio inigualável, nem de perto comparado, por corintianos, flamenguistas ou torcedores do Boca. Muito menos pelos nossos conterrâneos azuis, que não possuem uma torcida, possuem simpatizantes, que na maioria das vezes nem sabem quantos jogadores ficam dentro de campo. Essas últimas pesquisas que afirmam que a porção meio duvidosa azul celeste possui a maior torcida são no mínimo contestáveis, para não dizer dados pilantras.
Fator da irrelevância da pesquisa

Esses pesquisadores vão ao interior mineiro (onde existem mais 800 municípios, maior quantidade no país) lugares remotos, aonde a mídia chega com dificuldade, esta que privilegia o clube do momento, por este ter ganhado mais campeonatos recentes, ter mais dinheiro, ter um bom marketing, e o nosso galo ter saído recentemente da segundona e estar atolado em dívidas.
Perguntam para esses pobres cidadãos por qual time eles torcem. Esses acanhados seres diante de uma pesquisa falam que nem têm tempo para acompanhar futebol, mas que quando vêem, assistem a jogos do Corinthians ou do Flamengo (times que a globo transmite nove mil jogos por ano, acho que em média). Aí o pesquisador pergunta de novo: E mineiro o senhor não torce por nenhum? O senhor responde:
- Meu fio, gosto mais ou menos de um tal de Cruzeiro que toda hora tá na TV e minha patroa Jurema gosta muito de azul...
É isso aí, como diria Ana Carolina e Seu Jorge.
Minha nação alvinegra, o Cruzeirinho tem a mídia comprada e o Galo tem que superar tudo e todos, dentro e fora de campo. Veja o Campeonato Mineiro 2007 o galo joga duas partidas a mais fora de casa que o cruzeiro, isso é uma pilantragem da grossa. A FMF {Federação (ou melhor, enganação) Mineira de Futebol}, disse que o privilégio azul-rosinha é por conta deles serem os atuais campeões, balela! Queria ver se fosse o Galo.
Os dirigentes do Galo são muito apaixonados, mas muito amadores, olha o caminhão de esterco que eles fizeram nos últimos quinze anos no mínimo. Isso tenho que admitir, Salim ZezéPerrella e Mustafá Alvimar Perrela são competentes, mascates de primeira grandeza, negociantes profissionais.
Um grande exemplo de amadorismo ou de outra coisa muito pior, Ricardo Annes Guimarães, Presidente do Banco BMG, banco leal do publicitário Marcos Valeiro, foi presidente do Galo durantes anos e nunca ganhou nada e ainda foi rebaixado para segunda divisão nacional. Diz que investiu R$ 50 milhões do próprio bolso no clube, mas, para não ganhar nada? Ou ele era muito incompetente mesmo, sabia nada de futebol e investimento (segundo ponto acho impossível) ou há muita coisa podre nessa história.
Nação temos que lutar até contra o Ministério Público (está mais para Sinistério Público) em vez de preocupar em fiscalizar essa bandalheira que nosso país, nossa política, estão preocupados em baixar a capacidade do estádio Independência e vetar a venda de bebidas alcoólicas dentro das dependências do estádio. Ridículo! O correto é prendar os vândalos e marginais, não impedir que os cidadãos de bem bebam sua cervejinha, depois de uma longa semana de trabalho vendo o clube do coração jogar.
Por que o Ministério Público não levou a frente à investigação da denúncia do Jornal Estado de Minas contra os Perrella, várias falcatruas e dinheiro voador na gestão do Cruzeiro Esporte Clube? Mas não, Zezé é político, foi deputado federal é deputado estadual atualmente, forte aliado do Governador de Minas, Aécio “Playboy” Neves (cruzeirense). O cruzeiro é intocável, o “Sinistério” Público deixa para lá. Quer uma boa investigação Ministério Público? Investigue essa interminável e nebulosa dívida do Atlético, coisas boas não vão ser encontradas e será um relevante serviço a sociedade.
Mas, ser atleticano é isso, amar sem esperar nada em troca, a verdadeira face do amor aflorado em um coração ardente, onde bate em ritmo de CAM, CAM, CAM. Fica para todos as minhas saudações atleticanas e que o Galo supere tudo e alcance o lugar que é nosso de direito; o todo do mundo...Se jogar Atlético e o time do céu dou uma rasteira em São Pedro.....GALOOOOOOO!!!!!!!!!!!!
Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock N´Roll
BH, 29/03/2007

texto sobre o dia do trabalho

O dia do trabalho...


Trabalho=exercer atividade física ou psicológica, tarefa. São definições do dicionário, são traduções do dia primeiro de maio no Brasil. O trabalhador brasileiro só exerce a atividade ou tenta exercer (desempregado) e não recebe dignamente por ela, ganha esmolas para não morrer de fome ou fingir que não está morrendo.
Que dia do trabalho é esse em que milhões de brasileiros estão desempregados e mais milhões penam em subempregos? Que 1º de Maio é esse em que só os barões desfrutam dos lucros, em suas piscinas dentro de condomínios fechados e a ralé faz churrasco de gato? Este é o Brasil, hoje está mais para o dia da injustiça social do que para o dia do trabalho.
Façam uma reflexão: Nosso presidente vai, desde os meados dos anos 70, em uma missa que comemora o dia do trabalho no ABC paulista, sua terra de coração. Eu disse vai, então errei, ele ia. Hoje o digníssimo preferiu ficar em Brasília descansando com a família (não sei de que), ao invés de reencontrar suas raízes com a classe operária (está precisando em caráter de urgência presidencial).
Olha que sou de esquerda, mas espera aí; o Lula que não é mais de esquerda, se bobear nunca foi. Foi só o PT chegar ao poder supremo que mostrou sua verdadeira face de PMDB: não estou nem aí para o povo, quero é puxar o saco de quem me colocar no poder por mais tempo. Mas, política é assim, com o Lula está ruim, com FHC e PSDB era bem pior e ainda vai ser (vem aí Aecinho cheirador).
O povo é que se lasque que passe fome; que ganhe R$ 380,00 ou menos (na maioria das vezes) sucumba na marginalidade e não falta de decência de vida. Como disse hoje José Simão, em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo: “Dia do trabalho só é ruim para os desempregados, pois é feriado e eles não podem nem procurar emprego”.
Espero que um dia eu escreva novamente sobre o dia 1º de maio e fale das melhorias feitas pelo nosso governo, de um salário mínimo que não seja mínimo, de uma valorização da mão-de-obra, que não seja mais quase escrava. Que seja o fim dessa terceirização arrasadora, de aproveitadores estrangeiros que escravizam nosso povo, estabelecendo e sacramentando o subemprego como única alternativa. Alternativa esta, onde o único que leva ferro é o trabalhador, que vê um salário que vale 600,00 virar um de 300,00 em um passe de caneta do dono da grande empresa.

Não temos mais a relação direta do trabalhador com a empresa, ninguém sabe ao certo quem é seu patrão e a quem devem procurar para fazer valer seus direitos. Isto é fato, com o boom das empresas de recursos humanos, a consolidação das empresas estrangeiras de terceirização, o sucateamento de nossos sindicatos e centrais sindicais (atuais cabides de empregos e forma real de faturamento ilícito de seus dirigentes).
Tudo na vida acaba. Nada é para sempre. Muito menos a dor e a provação. Nosso país ainda vai brilhar sem ter que ser só no esporte, mas também na educação, ciência, desenvolvimento social. Acredito que as esperanças verde-amarelas sobrevivam como aquela sogra que se chamava esperança, que foi a última que morreu.
Vamos acreditar camaradas. Brasileiro tem essência de lutador, mas com prudência e inteligência, sempre. Como disse nosso verdadeiro companheiro Che Guevara “Endurecer sempre, mas perder a ternura; jamais”.





Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock N´Roll
BH, 1º de maio de 2007.

poema 27/06/2007

A mágoa é o veneno da alma


A cólera nos afasta do ninho
O fanatismo afasta o carinho
O desanimado peca sozinho

O livre arbítrio não deve ser usado como roleta
A vingança dá um prazer menos constante do que uma punheta
Sacrifício real não foi o de Julieta (Shakespeare)

Um milagre só acontece na revolução
O maior cuidado tem que ser com a emoção
O simples de coração ajuda a evolução

Ser caridoso é não olhar para trás
O orgulho nos guia a alcatraz
No pôquer da vida nem sempre ganha o detentor do maior az

A dor não deve desviar o amor
O perdão não se alimenta do temor
A muralha da hipocrisia deve vir abaixo através do divino trator

O caminho da felicidade é estreito
Muita oferenda é suspeito
O arrependimento é digno de respeito



Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock `N Roll
BH, 27/03/2007

conto 03/06/2007

Vampira amante


Ariana chega em casa exausta, mais um dia cheio de trabalho no jornal, mais um dia frustrante de matérias bestas e humilhações de seu nojento chefe. Mas já estava em casa e iria esquecer-se de tudo nos braços de seu amado noivo Daniel. Como Ariana era apaixonada pelo duvidoso Daniel, moço atlético, um pouco fútil, no alto de seus 29 anos, advogado um pouco ganancioso demais, mas para ela seu esposo ideal.
Ariana começa a subir as escadas com seus pensamentos totalmente voltados para Daniel, seu rosto, seu sorriso. Quando sua viajem amorosa é drasticamente interrompida por gemidos emitidos de seu quarto. Ela com toda sua inocência pensa: “Que barulhos estranhos, parecem miados, mas não temos gato.” Ela termina de subir os degraus restantes e corre para o quarto para ver o que está a acontecer. Chega esbaforida na porta do quarto e quando a abre uma imagem difícil de digerir – seu amado noivo em cima de uma loira siliconada quase a partindo ao meio arrancando urros e gemidos que davam inveja a lobos e leões.
Nossa querida amiga ficou parada, estarrecida com a cena. Não sabia se chorava ou se ria, ficou em transe em meio de uma fogosa transa. Quando Daniel ejacula em sua potranca olha para a porta e vê sua noivinha parada, embasbacada. Ariana acorda e corre para cima de Daniel, batendo e perguntando o porquê de tão fatal traição. Daniel com a maior cara-de-pau do mundo vira para loira e fala: “Cíntia você já pode ir embora, vou aceitar seu caso agora. Você se mostrou um ótimo investimento.” A loira colocou a roupa e saiu sem olhar para cara de Ariana e na porta mandou um beijo para seu amante.
Ariana perplexa aos prantos desabafa: “ Mas, Daniel te amo tanto, iríamos nos casas mês que vem, como você pode fazer isso.” O rapaz colocando a roupa solta: “ Quer saber Ariana, você é muito fria, toda convencional, boazinha. Estava precisando de emoção em minha vida. Numa boa; Adeus.” Pegou suas coisas colocou dentro da mala e foi embora, deixando um noivado e um coração totalmente dilacerado.
A jovem não dormira a noite, estava com a cara inchada de tanto chorar, mas tinha que ir trabalhar, senão, além do noivo perderia o emprego. Pegou suas coisas e rumou para a estação de metrô para mais um dia maçante de trabalho. Chegou ao jornal triste como um cachorrinho que perdeu o dono.
Logo na entrada dá de cara com seu chefe pançudo com uma cara típica de nenhum amigo, nem poucos. “Ariana Fuegos já para minha sala!” Ela tremeu toda e pensou: “ É agora que estou ferrada mesmo. Além de ser trocada por uma loira de farmácia vou de quebra ainda perder o emprego.” Fuegos adentra a salinha mal decorada, cheia de fotos do pai de seu chefe Aníbal Valverde Filho (Filho do grande jornalista Aníbal Valverde idealizador do Valverde Notícias, maior jornal de vendagem de Minas Gerais e um dos maiores expoentes da mídia brasileira), com figuras da história. Aníbal ou “filhinho” como era chamado não era de rodeios, ia bruscamente ao que lhe interessava: “ Menina, tenho um serviço para você.” Quando deu uma pausa e comentou: “ Nossa a cada dia que passa você está mais feia. Olha esse cabelo desgrenhado esses óculos horríveis e essa cara inchada. Credo, parece o urubu com esse vestido preto.” Ela já acostumada com suas humilhações não deu nem um pio e o pançudo analista de beleza continuou o assunto que interessava: “ Joaquim como você bem sabe é meu filho e meu melhor jornalista. Só que está ainda na França fazendo a cobertura da posse do novo presidente. E o nosso correspondente na Europa me ligou ontem me alertando que o renomado pintor e artista plástico romeno, Drago Putrescu, está indo ao Rio amanhã para uma exposição no museu de arte moderna. Iria escalar Joaquim, mas não dá tempo de ele chegar para essa empreitada e Carlos está no sul cobrindo uma feira de vinhos. Sobrou só você do caderno de cultura. Não que seja cultura escrever sobre culinária ou sobre feira de quadrinhos igual você tem feito.Mas, só sobrou você e se você me decepcionar já pode ficar por lá, pois é sua única chance. Seu vôo sai daqui duas horas então se apresse.” Finalizou o marrento editor.
A jovem jornalista saiu da sala em êxtase, até que enfim uma coisa boa, sua grande chance em seus 26 anos de vida. Pegou sua bolsa e rumou para casa para arrumar sua mala e seguir seu destino na cidade maravilhosa. Chegou a casa e lembrou-se de Daniel, seu cheiro e o de sua amante impregnavam o ambiente.
Arrumou suas coisas rapidinho fez uma pesquisa na internet e colheu alguns dados de seu entrevistado: Drago Nikolas Petrescu I, 51 anos, mas com aparência de 30, conde romeno, maior expressão das artes romenas de todos os tempos. Seus quadros são de uma realidade sensual impressionante, pinta mulheres nuas em ato sexual que levam ao orgasmo só de olhar. Conhecido como o vampiro amante, por suas conquistas amorosas e seu modo de vida misterioso e noturno. Não concede entrevistas com freqüência é arredio com a mídia e pouco se sabe sobre sua vida pessoal, fora sua arte, sua fama de mulherengo e boêmio.
E agora? Era sua única chance e o seu entrevistado não gostava de dar entrevistas! O que fazer? Ariana pensou: “É o fim, seria mais fácil ir agora até o jornal e pedir demissão, seria menos doloroso e humilhante.” Mas, um espírito amigo soprou em seu ouvido: “ Vá, você não tem nada a perder. Sua vida precisa de um grande desafio, cumpra seu destino.” Ela inspirada pelo amigo celestial pegou sua mala se encheu de brio e rumou para o aeroporto cumprir sua missão.
Era uma tarde nublada do mês de junho na cidade do Rio de Janeiro, Ariana desembarcou no Aeroporto Santos Dumont, nunca tinha ido ao Rio, e já ia com uma missão nada fácil, mas isso a vida tinha lhe reservado e ela não iria fugir de mais nada. Então pegou as malas entrou no táxi e foi em direção da transformação de sua vida. Instalou-se no mesmo hotel que Drago iria ficar para facilitar a abordagem. Deixou as malas e foi caminhar na paria para sacrificar seus demônios. Chegou ao hotel e já se fazia noite, caminhou durante horas, se sentia renovada, louca por uma cama e satisfez seu desejo.
O sol rasgou a janela e adentrou sua suíte a alertando que já era hora de correr atrás de seu destino. Tomou um banho renovador de baterias, colocou uma roupa juntou seus papéis e foi procurar Drago que tinha chegado ao hotel horas antes. Foi à recepção e confirmou qual era a tumba que Drago havia se instalado, perdão; quarto que ele estava hospedado estou meio distraído, desculpe-me novamente, caros amigos. Nunca havia sido tão ousada, nada comparada com suas matérias anteriores de cursos de culinária ou feiras de antiguidades, agora estava indo na raça bater à porta de um ícone arredio das artes modernas mundial, que início de transformação. Eu disse início, será???
Ela pegou o elevador e apertou o número 13, andar de Drago e número que para ela teria que significar o avesso, sorte. Chegou ao andar e foi procurar o quarto 1313, caramba! Tinha que ser dupla sorte, porque de duplo azar ela já estava farta. Parou em frente ao número almejado e tremou; lá estava a porta de sua grande chance, do outro lado estava o homem que iria mudar seu destino de uma vez por todas.
Bateu a campainha ainda trêmula e depois de alguns segundos abre a porta um homem alto, moreno e com um sorriso vampirizador. Ela fica muda e fascinada e Drago com um sotaque sensual lhe pergunta: “O que queres de mim, jovem mulher?” Ela surpresa sai de seu estado de pasmaceira: “ O senhor fala português?” Ele calmamente comenta: “ Certamente, além outras nove línguas que comunico.” Ariana desenvolve: “ Nossa como o senhor é culto, é uma honra estar na presença de uma sumidade mundial das artes.” Ele com um sorriso impulsor de ondas orgasmáticas para o sexo feminino agradece: “Obrigado linda jovem brasileira, a honra é toda minha em estar em sua presença.“
Ela corando desperta para que tinha muito tempo que não recebia um elogio, e que não se achava bonita, mera falta de auto-estima, pois era uma mulher de 26 anos, 1 m e 75 cm de altura, cabelos grandes castanhos claros, corpo enxuto, bundinha redonda e olhos castanhos claros um pouco puxados e lábios carnudos capazes de sugar a essência de um beijo apaixonado.
Era a descrição que o artista romeno via e não a máscara que Ariana se vestia com roupas largas e cumpridas negras dignas do século passado, óculos imensos que ocultam um rosto de pele de anjo e cabelos presos com coque que furtam a beleza destes esvoaçando com a gratidão dos ventos por sublime momento. Drago interrompendo este momento de descobertas proclamou novamente: “Menina, o que posso fazer por você.” Ariana pousando comenta: “ É mesmo, o que vim fazer aqui foi fazer uma entrevista com o senhor para o meu jornal. Sei que o senhor não gosta de mídia, mas é muito importante para minha carreira. O senhor faria a gentileza de conceder esta entrevista a mim?” Ele com seu ar misterioso coça o cavanhaque e pronuncia: “ Tudo bem jovenzinha, realmente detesto entrevistas, mas sinto que você precisa muito de mim.’”
Ariana fica intrigada: Precisar dele ? Como? Mas pensou: “Vamos lá, não tenho nada a perder.” Lembrando-se da inspiração do espírito amigo. Ele a convidou a adentrar o recinto, pois ainda estavam a porta. Entrando Ariana se depara com uma cena insólita: Uma loira e uma morena nuas em uma cama imensa, redonda, em plenas carícias. Ela vira o rosto e fica vermelha como pimentão. Drago com a maior naturidade fala com as duas beldades: “ Katrina, Sílvia essa é a...” Ele se dá conta que nem sabia o nome da jovem repórter e pergunta: “ Jovem, qual o seu nome?”
Nossa jornalista responde: “Meu nome é Ariana Fuegos, desculpe minha distração nem me apresentei ao senhor.” Com ar de deixa para lá o Conde continua o diálogo com suas amantes: “Então meninas essa é a senhorita Fuegos, jornalista que vai me entrevistar.” Elas sem darem muita bola continuam sua bolinação mútua. Drago comenta com Ariana: “Elas são muito fogosas vamos deixá-las aqui e vamos ao escritório.” Ariana ainda meio abalada com a cena picante seguiu o artista até seu escritório.
Chegando ao escritório Drago pega uma garrafa de um licor de enche duas taças e dá uma para a jornalista e exalta: “Vi que está tensa para você relaxar um pouco.” Ela obediente pegou a taça e sorveu o líquido rapidamente demonstrando toda sua inquietação com a situação. O conde sentou em uma bela cadeira, digna de trono de um grande rei e convidou Ariana a sentar-se ao seu lado. A tímida jornalista sentou-se e olhando diretamente para aquele senhor europeu reparou o tanto que aquele homem de meia idade era fascinante.
Másculo, misterioso, dominador, ela estava fascinada com aquela figura, nunca tinha sentido uma atração assim por nenhum homem, sentiu que sua vida estava bem perto de dar uma reviravolta radical. Ariana era uma mulher de poucos homens em sua vida, e menos ainda de orgasmos.
Criada sobre influência de uma educação católica, colégio de freiras e a cascata de que sentir prazer é errado, contra as leis divinas. Agora estava ela na frente de um homem que mexia com sua libido, estava totalmente molhada entre as pernas e prestes a fazer qualquer coisa que seu futuro macho mandasse. Drago ficou minutos calado analisando sua presa, e Ariana totalmente inebriada pela excitação daquele ambiente quase se esquecendo de sua essência anterior. Drago dispara: “Ariana antes de você começar a entrevista quero lhe falar que você é uma mulher interessantíssima. Fuego não está só em seu sobrenome, está dentro de você, sinto isso. Você não é essa mulher travada que está a ser. Você é um vulcão louco para explodir, só depende da pessoa certa para efetuar essa erupção.”
Sem dar tempo de Ariana ter nenhuma reação Drago senta colado a ela e tira seus óculos falando: “Hoje você vai enxergar verdadeiramente o mundo e você não precisa deste objeto para isso.” Já desprendendo seus cabelos Drago lhe arrebata o coração com um beijo estonteante que a leva aos domínios do paraíso e, volta em segundos loucos de pura loucura e desejo. O conde abre a blusa e suga seus belos seios com uma habilidade que ela desconhecia que existisse nesse mundo. Ela se entrega de corpo e alma. Ele a devora do dedinho a ponta de seus cabelos soltos e livres como seu espírito nunca tinha provado estar.
Em meio de gemidos e orgasmos a porta do escritório se abre e são Katrina e Sílvia sedentas por participar de tão admirável demonstração de prazer explícito. Ariana estava transformada a partir daqueles orgasmos, já não era aquele bichinho com medo do mundo estava renascendo com uma mulher de verdade, consciente do que queria e do potencial que tinha.
Depois da descoberta do que era realmente o prazer à jornalista acorda entrelaçada no chão do escritório com duas mulheres e um homem incrível, não acha nada estranho. Esse era o mundo que ela queria, o descobriu e nada seria mais como antes.
Drago manda sua dupla de amantes insaciáveis embora e fica só com Ariana e se pronuncia: “Ariana, resolvi fazer essa exposição no Brasil por influência do meu guru espiritual na Romênia, Arthur Tedesco. Ele me disse que minha alma gêmea, minha vampira amante, estava no Brasil e que eu deveria ir imediatamente atrás dela. Então vim e descobri você. Minha vampira amante. Amanhã embarco de volta para a Europa e quero que você vá viver no meu palácio comigo para toda a eternidade.”
As palavras de Drago encheram o coração de nossa brasileira de felicidade, não soaram estranhas, soaram com realidade. Ela estava mordida por aquele vampiro, estava marcada para passar a eternidade ao seu lado.
Pegou o telefone ligou para seu chefe e disse: “Senhor Valverde eu me demito. Vou para um tempo com o jornalismo. Mas, uma coisa é certa se voltar nunca mais trabalho para um pançudo idiota como você. Adeus. “ Desligou o telefone eufórica com sua coragem, tinha se transformado em uma mulher, uma mulher que controlava seu próprio destino, graças a mordida de um vampiro especial. E pulou em cima de seu senhor das trevas e buscou mais uma rodada de um prazer inigualável. Terminou seu ato de prazer deu um beijo em seu vampirão e falou: “Agora tenho que ir a Belo Horizonte resolver um problema passado. Volto amanhã a tempo de embarcar com você para a Romênia. Beijo.” E foi resolver algo entalado em sua garganta.
Logo na chegada a BH ligou para seu ex- Daniel. Com um ar de segurança começou seu processo de vingança: “Oi Daniel, tudo bem? Onde você está? Preciso conversar algo urgente com você. É do seu interesse!” Daniel surpreso com a ligação depois de tudo que aconteceu, mas intrigado com o assunto de seu interesse, vaidoso como ele só concordou em conversar com Ariana. Marcaram de almoçar em um restaurante onde iam muito quando noivos. Daniel chegou primeiro ao restaurante Carpe-Diem esperou alguns minutos quando adentra o hall uma mulher estupenda. Pensou: “Nossa que avião, essa eu pegaria fácil” Quando que para sua surpresa aquele avião se encaminha para sua mesa.
Ainda meio bobo com toda aquela luz, aquela beleza, reconhece Ariana e quase cai da cadeira. Ariana estava linda, com um vestido vermelho, com um decote generoso e um rasgado de matar nas pernas. Os cabelos soltos sensuais e o rosto livre daquele óculos horríveis que ocultavam singular beleza. Daniel gaguejando: “Ariana, é você?” Ela segura de si responde: “ Sim sou eu. Porque a surpresa, só você não via real beleza em mim. De uma hora para outra começou a enxergar?” Ele com o queixo quase caindo respondeu: “ Nossa, você está muito diferente. Muito linda mesmo!” Ela quase fria discorre: “ Vamos direto ao assunto Daniel, resolvi de perdoar por sua traição e estou louca de vontade para sentir você dentro de mim. Vamos a um motel matar essa saudade?”
Daniel surpreso com tanta segurança e iniciativa, nem reconhecia ali sentada a sua frente a sua noivinha frágil e gata borralheira. Ele nem conseguia conter a ereção de tal proposta, seria como transar com outra mulher, sem ser sua ex-noiva: “Entorpecido com a perspectiva falou: “ Vamos agora sua gostosa. Como queria que você tivesse sido sempre assim. Nem te trairia.” Ela passando a mão sensualmente sobre suas coxas e deslizando de leve sobre seu membro rijo fala: “ Isso tudo é passado, vamos fazer um novo mundo agora gostosão.” Chegam ao motel, Daniel está em êxtase, ansioso para descobrir a nova Ariana. Já Ariana está contando os minutos para sua realização. Qual será?
Entram no quarto. Ariana joga seu ex-noivo bruscamente na cama. Liga o som e começa a fazer um strip sensual. Fica de lingerie vermelha sangue como o vestido enlouquecendo o sedento Daniel. Ariana leva Daniel ao céu, suga até a última gota de seu líquido viscoso. Daniel está um trapo, mas um trapo feliz foi a melhor transa de sua vida. Ariana arranca de dentro da bolsa uma câmera digital e entrega a Daniel e fala: “ Querido tira uma foto minha nua para você lembrar deste momento único.” Daniel empolgado satisfaz seu desejo.
Quando termina Ariana veste sua roupa e proclama em tom de ira e decisão: “Aqui seu advogadinho de merda, guarde bem essa foto porque será a última coisa que terá de uma mulher de verdade como eu, é claro além de meu total desprezo. Nunca mais saberá o que é desfrutar de uma Vampira Amante. Seu merdinha ruim de cama, não conseguiu me fazer gozar nem uma vez. Seu broxa, agora quem dá a palavra definitiva sou eu, adeus!”
Horas depois Ariana estava dentro de um avião que iria levá-la ao desfrute de uma vida real e merecida com seu mestre, o Vampiro Amante, que a transformou em algo que inconscientemente ela sempre quis ser, a Vampira Amante...








Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock N´Roll
BH, 03/06/2007

poema 29/05/2007

Acessibilidade e caridade


Evoca Jesus esquece a cruz
A maldade seduz só se fortalece na luz

Abre a porta sem medo não guarde esse segredo
Em qualquer enredo busque a essência cada vez mais cedo

O caridoso não se sente orgulhoso
Em terreno arenoso seja cuidadoso

A sintonia só nasce da pura harmonia
A mordomia é uma brecha para a agonia

O diferente não pode ficar ausente
O demente também é crente

O voluntário nunca é retardatário
O mandatário clama não faça o contrário

Facilite a ação não julgue em omissão
Equilibre a emoção não busque uma negativa reação

Ajudar é caminhar
Sonhar e sempre acreditar

Cure a saudade com muita vontade
A felicidade é o fogo que arde e nunca se faz tarde




Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock N´Roll
BH, 29/05/2007