Fuga da felicidade
Não se permite ser feliz e se
fecha na gaiola do medo
Deixa o ego gritar e não ouve a
voz da plenitude do amor
Alimenta a faca cega da ilusão no
mundo dos mortos
Esquece-se do sabor de um bom
viver aquecendo o churrasco da menos valia
Não se atenta aos sinais e perde
oportunidades divinas
Aprisiona os desejos e afasta o
vento da mudança
Expõe o seu lixo interno em atitudes
desesperadas
Frequenta em demasia o cemitério
dos sonhos despedaçados
Não dá o valor que o livre amanhecer
merece
Conspira a favor de um ideal tão
desgastado que lembra qual é
Desvaloriza a magia da troca de
olhares de cumplicidade e fogo
Sacrifica o sublime efeito por
uma sensação casual e falha
Cria um exército para um combate
que se dissolve com a doação de uma rosa branca
Vence crises no momento que
admite uma derrota
Quando abre a amplitude da voz o
coração encontra a paz
A solidificação da fé transmuta em
arcanjo o demônio da dor
A alma não pode deixar de ser
liberta tem que respirar o ar da serenidade
Atinge a glória no instante que se
desprende das amarras da covardia
Marcelo G. dos
Santos
Trovador de Los
Xamãs
Belo Horizonte,
MG, 22 de Janeiro de 2013
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