O último suspiro do boto cor-de-rosa
Não matem o pulmão da terra temos que respirar nossa liberdade
Preservem nossa farmácia natural da tensa crueldade
Precisamos de incisivas ações e de muita força de vontade
Não façam o Curupira perder sua morada
Não se percam em uma infeliz caçada
Defendam uma ideia verde e apaixonada
Que a cachoeira da coragem lave o nosso povo
A ternura de um animal silvestre desponte o caminho de novo
O espírito de um índio guerreiro nos preste socorro
A atitude tem que ser agora não pode ser tardia
Não podemos esbarrar em uma política ambiental de pura burocracia
É uma vergonha extinguir um mico leão e sua ousada acrobacia
Nesse ritmo a amortização de várias espécies é uma certeza
Seca-se a água límpida antes dela chegar à represa
Agridam-se todos os essenciais da natureza
A onça pintada ficará somente nas histórias da tribo no fim da noite
O boto não irá virar rapaz ficará na dor do açoite
Até a coruja pagará pernoite
Marcelo G. dos Santos
Belo Horizonte, 26 de Outubro de 2011
Blog: paixaogolerocknroll.blogspot.com
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