No frio da noite
Homens vazios procuram esquecer suas morenas com uma loira gelada
A saudade gela a madrugada
Em vários pontos da cidade impera uma consciência pesada
Muitas mulheres beijam fugindo do seu real amor
Corações frios não lembram do seu último ardor
O chopp desce para espantar aquele constante temor
A pessoa se perde em sua bem contada mentira
O bêbado nem se toca que está no estágio final da ira
A ternura fica com vergonha e se retira
Ogum não tem tempo para matar o dragão
Ele tem que recuperar aquela inocente sensação
Que brilhava e se apagou em um doce coração
A lua cheia aparece e renova a esperança
Novamente ilumina aquele sentimento criança
De fazer do amar outra vez uma contagiante dança
Os pescoços lacrimejam atrás de um fogoso vampiro
O sentido da vida foi revisto em um papiro
O cheiro de minha amada fica no travesseiro que eu aspiro
Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock N´Roll
BH, 28/04/2011
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