sábado, 9 de junho de 2007

poema 15/12/2005

O que vale é o amor


O brilho do ouro é pouco vindouro
A tentação sexual é sempre ocasional
A beleza é algo que morre por natureza

A rotina encobre a obra que fascina
O medo sepulta o segredo
A coragem é a única passagem

A ausência instala a indecência
O culpado não deixa recado
O limite é um mero palpite

A depressão inibe o sentido maior da emoção
O metido ocupará a vaga do sofrido
A sucata é um passado que maltrata

O afoito se perde na vibração do coito
O solitário foi um grande otário
Amar é se deixar achar





Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock ´N Roll
BH, 15/12/2005

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