quinta-feira, 28 de abril de 2011

No frio da noite

No frio da noite

Homens vazios procuram esquecer suas morenas com uma loira gelada
A saudade gela a madrugada
Em vários pontos da cidade impera uma consciência pesada

Muitas mulheres beijam fugindo do seu real amor
Corações frios não lembram do seu último ardor
O chopp desce para espantar aquele constante temor

A pessoa se perde em sua bem contada mentira
O bêbado nem se toca que está no estágio final da ira
A ternura fica com vergonha e se retira

Ogum não tem tempo para matar o dragão
Ele tem que recuperar aquela inocente sensação
Que brilhava e se apagou em um doce coração

A lua cheia aparece e renova a esperança
Novamente ilumina aquele sentimento criança
De fazer do amar outra vez uma contagiante dança

Os pescoços lacrimejam atrás de um fogoso vampiro
O sentido da vida foi revisto em um papiro
O cheiro de minha amada fica no travesseiro que eu aspiro

Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock N´Roll
BH, 28/04/2011