quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O último suspiro do boto cor-de-rosa

O último suspiro do boto cor-de-rosa




Não matem o pulmão da terra temos que respirar nossa liberdade

Preservem nossa farmácia natural da tensa crueldade

Precisamos de incisivas ações e de muita força de vontade



Não façam o Curupira perder sua morada

Não se percam em uma infeliz caçada

Defendam uma ideia verde e apaixonada



Que a cachoeira da coragem lave o nosso povo

A ternura de um animal silvestre desponte o caminho de novo

O espírito de um índio guerreiro nos preste socorro



A atitude tem que ser agora não pode ser tardia

Não podemos esbarrar em uma política ambiental de pura burocracia

É uma vergonha extinguir um mico leão e sua ousada acrobacia



Nesse ritmo a amortização de várias espécies é uma certeza

Seca-se a água límpida antes dela chegar à represa

Agridam-se todos os essenciais da natureza



A onça pintada ficará somente nas histórias da tribo no fim da noite

O boto não irá virar rapaz ficará na dor do açoite

Até a coruja pagará pernoite




Marcelo G. dos Santos

Belo Horizonte, 26 de Outubro de 2011

Blog: paixaogolerocknroll.blogspot.com