quinta-feira, 7 de junho de 2007

texto 04/03/2007

Quase trinta, e daí?

O século XXI ainda está em seu começo, mas uma polêmica está lançada: A geração dos quase trinta de hoje é totalmente diferentes das anteriores? Vocês nasceram por volta de 77, 78, 79 e 80, sabe do que estou falando... É lógico que é... e uma grande revolução de conflitos, só vivemos estes causos conflitantes. O porém é o seguinte, quem tem essa faixa etária nos dias de hoje, não tem casa própria, raramente um emprego fixo, muitos com curso superior, pois foi a geração do boom do diploma.
Lembra da mamãe falando: “Filhinho você tem que estudar para se formar, aí você vai ter uma vida boa...” Isso é propaganda enganosa, vamos processar as mamães... HEHE... Não chega a tanto... deixa só essa passar, na próxima grade nelas.
Nossa geração ainda é a dos namoros duradouros, pelo menos um de três anos, quatro anos ou até de dez anos, igual um amigo meu. O problema ou a solução é que só podemos contar com o amor, pois não podemos oferecer carros importados, mansões e viagens paradisíacas. O namoro só vai durar se houver amor de verdade, interesseiras podem procurar caras de gerações anteriores, pois aqui não, só tem muita paixão.
Não estamos mais na época de nossos pais, quando estes com nossa atual idade já tinham uma vida estruturada, pagando a casa própria, emprego fixo, famílias constituídas e fortificadas. Não podemos nos dar esse luxo. Não adianta nossas queridas amadas nos cobrarem isto, pois é um fenômeno geral, não é isolado em Belo Horizonte.
Com a revolução feminina, estas ganharem espaço na sociedade, no mercado de trabalho, mas elas têm que sintonizar que com isso perdemos espaço, dando passagem para elas. Não reclamo disso, mas não temos mais a condição de chefiar uma família como tínhamos.
Vivemos de free lancer, de bico em bico tentando vingar, mas não está fácil. O recurso do momento para lavar a alma são os concursos públicos, mas estes estão saturados, de pessoas, principalmente de nossa geração, com o mesmo pensamento, ser totalmente independente!
Nós, queridos amigos, contemporâneos do Jaspion, Changeman, Bozo, Sérgio Malandro( goleiro malandrowisk) Copa União( o campeão é o flamengo, o sport é sacanagem da CBF, que pena que não foi o Galo do Telê), agora nos vemos em uma situação complicada de cobranças externas e principalmente internas, pois sempre pensamos em uma fase adulta como víamos os filmes da sessão da tarde, com carros enormes levando a família para a praia. Nem que seja sem a família, mas com a independência de escolher os caminhos, sem ser levado pela sociedade ou pelas faltas de oportunidades.
Não é nossa culpa, companheiros, de vez em quando nós acertamos uma boa, viajamos, ganhamos um bom dinheiro e moramos até sozinho, mas é provisório e, voltamos para casa de papai. Lógico que queremos nosso espaço, ir à casa da mamãe só filar a bóia de domingo, mas como sair sem uma perspectiva e depois correr o grande risco de voltar com o rabinho entre as pernas. Com a dignidade trincada e o coração dilacerado.
Por isso, conversais com suas mulheres: namoradas, mães, amantes, irmãs, sobrinhas, a tia do bar da esquina (onde sua conta nunca acaba, lembra?)... Não somos covardes, só estamos vivendo uma fase complicada para todos. Mas, vamos sair dessa antes dos trinta ou um pouquinho depois. Eu saio antes dos trinta se deus quiser e, por favor, queira! Porque a pressão está maior que em time de massa com uma seqüência de derrotas!




Marcelo G. dos Santos
Paixão, Gol & Rock N´Roll
BH, 04 de Março de 2007

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